Arrependimento

Começava a anoitecer, o movimento aumentava lá e diminuía cá. Jack saíra para arranjar um "trocado". Seu telefone toca, um serviço acaba de ser estipulado para ser cumprido agora. Jack ajeita suas armas que carrega na cintura, e começa a caminhar, pelas ruas iluminadas de letreiros luminosos, um trânsito caótico que está quase no fim, passando por beco sujos e imundos.

Avista a sua frente, seu alvo, sua vítima. Ele aguarda cautelosamente, em um beco, ela sair da multidão, e enquanto isso o tempo muda, começa a chover fraco e a relampejar. E lá vem ela em sua direção, com rápidos movimentos, ele tampa sua boca, a trás pra dentro do beco, a joga no chão, puxa uma arma e aponta na direção da cabeça.

Então a chuva aumenta e relampeja.

Jack viu seu rosto mais claramente, uma réplica do de sua amada. E ele foi de joelhos ao chão, chorando. A menina vira a fugir, mas Jack nem notou, estava com a mente perdida e em lágrimas sussurrou:

- Porque eu não estava lá para ajudar?

Rocha, Lucas.