terça-feira, 4 de junho de 2013

Medo

E sempre se lembrava, de quando a perdera. Seu amor, sua tão amada paixão, aquela que ele nunca teve coragem de admitir que a amava. Ela tinha os olhos mais lindos que já havia visto, não tirava de sua cabeça. Certo dia, criou coragem e a convidou para ir no parque da cidade mais tarde, conversar.

E lá estava, Vicenzo, com aquela sensação de conquista, seu rosto estava mais alegre que pinto no lixo. Nem acreditava que iria se encontrar com ela. Logo se arrumou, botou sua roupa mais bonita e chique, uma calça social, um blaze e seus sapatos que refletiam tanto quanto seus olhos.

A noite chegou, e ele a procurava, lhava e de repente a avistou a poucos metros, ela vestia um lindo vestido rosa com detalhes nas bordas, e olhava para o lado, Vicenzo rapidamente se escondeu e olhou ao seu redor e comprou um buquê de rosas, das mais belas. Mas quando se virou, ela não estava mais ali. E ele não acreditou, procurou, olhou e nada e, desolado, voltou pra casa, caminhando.

E ao caminhar por uma rua escura, tinha metade do carro em cima da calçada, ele ignorou, mas ele escutou a voz de sua amada clamando ajuda e seguiu o som. Começou a correr e parou em frente a um beco, aonde a vira de joelhos e com um cara apontando uma arma na sua cabeça. E ele disparou. O cara viu Vicenzo olhando e disparou contra ele também, mas ficara imóvel mesmo com o tiro acertando sua perna.

E depois de presenciar aquilo, Vicenzo deixou as rosas cairem, sentiu seu corpo pegar fogo, ouvia seus batimentos acelerarem, e num piscar de olhos parecia que o chão tivesse se afastado, que tudo era apenas ódio, e o atirador estava morto.

E após se relembrar daquele dia triste, com um rápido movimento ele quebra a mesa de centro da sua sala.

-Des...GRAÇADO.



Rocha, Lucas.

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