sexta-feira, 5 de julho de 2013

Diário

"É como se machucasse fisicamente, algo parecido com uma faca ou qualquer outra coisa. Sinto calafrios a todo instantes quando os pensamentos se vão, já não sei o que fazer. É como se algo dissesse para não estar aqui, não ter feito isso, não ter chorado. Engraçado não? São meras palavras que digo, na esperança de algo mude, melhore, e tudo mais. Hunf. Acho que estou ficando doido. 

Ou será que estou amando?"

E escutava lá longe um ranger de porta, e no susto fechou o diário e o escondeu dentro de seu casaco. Em seguida, um dos outros entrava no quarto, tentou passar pelos escombros, mas desistiu e foi em direção a outra porta que ainda restava.

Apalpou seu casaco aonde estava o diário, respirou fundo, sentiu seus olhos encherem de lágrimas, mas resistiu e foi em frente. Até agora não conseguira acreditar em todo aquele desastre, quem foi o culpado, se fora por algo inesperado, não havia uma resposta. A única coisa que sabiam é que ele tinha sumido.

Ao tentar caminhar entre os escombros e tropeçar pela terceira vez, agora ela vai ao chão, e vê, próximo ao seu pé, um retrato de seu amado, e viu que ele talvez a realmente a amava e ela o disperdiçou. Agora não conseguiu aguentar, pressionou os olhos e desabou em lágrimas.

- Por favor, esteja vivo...



Rocha, Lucas.

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