sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Ignorância

Amor, paixão. Ignorava tudo isso, achava fútil. Nunca precisou, nunca recebeu. É como se odiar a felicidade fosse um dom, como se sorrir fosse uma doença, detesta compaixão. Talvez deteste ser ajudado, mas ele ajuda algumas pessoas, bem, do seu jeito nada convencional.

A noite estava bela, estrelas, a lua brilhava forte, e ele apenas caminhava pela rua, com seu longo sobre-tudo preto e com o cabelo penteado para trás, realçando cada vez mais aquela cicatriz no olho. Ah sim, seu olho não era cego, apenas foi superficial, mas deu um tom de frieza para a sua pessoa, alguém em quem não confiar. Aquele cabelo liso penteado/bagunçado pelo vento, ficou mais bagunçado quando uma rajada veio e foi quando olhou para o lado e viu um mendigo jogado no chão, tremendo.

Sem se virar, sem se aproximar, ele observava o mendigo tremendo, resmungando de dor, babando, somente com as roupas do corpo, sem nenhuma coberta. Foi ai que Roger deu um riso de leve, botou sua mão dentro do sobre-tudo e puxou sua pistola Colt e atirou a sangue frio, sem piedade disso, voltou a caminhar. Sorte da rua estar deserta. Sorte a do mendigo, senão ainda estaria vivo.

2 passos após o tiro, Roger para:

- Eu tirei a sua dor, você está em paz agora, me agradeça de algum modo.



Rocha, Lucas.


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