terça-feira, 30 de setembro de 2014

Cachoeira

O barulho da água caindo, o leve toque do vento, o som de pássaros cantando, essa calma já tinha feito perder a noção do tempo e não se importava com isso, ainda estava com os olhos fechados tentando meditar, mas nunca conseguiu compreender o que era isso afinal.

Não sabia se era pra se encontrar, pra raciocinar, mas gostava daquela paz, coisa que nunca conseguiu quando estava acompanhado por todas aquelas pessoas que aprendeu a conviver e suportar. Ali, ele aprendeu que a felicidade é pelas pequenas coisas, se lembrava que um dos dias mais felizes que teve foi quando recebera uma mensagem de bom dia da pessoa mais improvável do mundo e que hoje, são apenas bons amigos, uma companhia que gosta de ter, uma das poucas.

Se levantou e deu um mergulho no lago, aquilo pareceu lavar sua alma, se sentia incrível, como se pudesse fazer tudo, saiu da água e riu. Devagar, voltou para a pedra e ali deitou e ficou olhando para o céu e lembrou que quando fazia isso, esperava um milagre, mas agora, não queria que nada acontecesse, porque aquilo era um milagre.

Seu telefone começa a tocar, parece que o sinal voltou. Quem ligava era sua ex. Pegou o celular, o encarou e arremessou, batendo numa pedra e caindo dentro da água.

- E enfim, livre.


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